domingo, 12 de setembro de 2010

A prática da Avaliação Psicológica

Por Fabiana Rego Freitas
Profa. M.Sc. de Técnicas em Exame Psicologia da UNIFEV

Normas, qualidade, segurança, informação, cuidado são algumas das palavras que devem fazer parte da atuação do profissional que atua no campo da Avaliação Psicológica, uma prática que é definida pela Lei 4119 de 27/08/62 como função privativa do psicólogo.


Durante a graduação em Psicologia, os alunos têm a possibilidade de aprender a utilizar testes psicológicos e fazer do uso desses instrumentos que podem ser usados em situações diversas e que completam e enriquecem uma avaliação psicológica, tais como: em orientações psico-educacionais, seleção de pessoal, avaliação da personalidade, prevenção e tratamento de distúrbios psicológicos, entre outros.

O aprendizado dos testes e a elaboração de documentos avaliativos envolvem uma série de etapas que, seguidas com rigor, tendem a fornecer resultados fidedignos. Essas etapas implicam numa gama de informações que devemos considerar para que façamos a escolha adequada do instrumento, tais como: é fundamental conhecer quais atributos os diferentes testes avaliam e estar familiarizado com os mesmos; não são permitidos o uso de materiais xerocados e, ainda, deve-se considerar a faixa-etária, o nível de escolaridade, as condições físicas gerais (se há presença de deficiências) do avaliado, entre outros. Além disso, devemos considerar as características psicométricas do instrumento a ser utilizado, ou seja, é um teste preciso? Há normas que garantem que seus resultados possam ser bem interpretados? É um instrumento que apresenta validade? Os parâmetros psicométricos do teste escolhido são padronizados para a amostra brasileira? São aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia?

Além do uso de testes, o profissional deve considerar outras informações que complementarão seus dados já que o processo da Avaliação Psicológica integra informações provenientes de diversas fontes, como testes, entrevistas, observações, análise de documentos.

Esses critérios determinam que nossa prática seja realizada com ética e competência e negligenciar isso é colocar em risco o avaliado e até mesmo a nossa prática profissional. Na verdade, mais do que critérios, são cuidados que garantem que a atuação no campo da Avaliação Psicológica continue sendo uma função privativa do psicólogo - profissional que tem como o foco principal o ser humano e por isso deve agir com respeito, seriedade e dignidade, mantendo a integridade de cada um.

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